O novo propulsor da linha Ecoboost é uma das heranças do período em que a Land Rover era da Ford (agora está na mão da indiana Tata) e gera 240 cv de potência e 34,6 kgfm de torque a 1.750 rpm, um bom incremento face os 233 cv e 32,3 kgfm a 3.200 rotações do antigo motor. O câmbio permanece sendo o japonês Aisin de seis velocidades. O desempenho ficou no mesmo patamar, a marca declara zero a 100 km/h em 8,8 segundos e velocidade máxima de 200 km/h.
O patamar de preço foi mantido, contudo. O Freelander S 2.0 2013 parte de R$ 152 mil, enquanto o mais requintado SE cobra R$ 165 mil. Baseado no acabamento intermediário, o Dynamic sai por R$ 175 mil e traz a mais decoração esportiva, rodas aro 19 e acabamento interno diferenciado. O topo de linha HSE custa R$ 197 mil. São preços mais em conta que os do Range Rover Evoque, que começa em R$ 175 mil, mas fontes ligadas à marca acreditam que o Freelander não retomará a posição de carro-chefe do fabricante.
Fábrica no Brasil
Afora isso, a Land Rover ainda não bateu o martelo para a localização da fábrica nacional. A discussão está no âmbito dos governos estaduais, que oferecem vantagens para levar a nova fábrica, nenhuma prefeitura foi contactada. Por enquanto, o fabricante inglês espera novos anúncios do regime Inovar-auto - esperados para as próximas semanas. A marca chegou a produzir o Defender em São Bernardo do Campo (SP) entre 1999 e 2005. A produção era tercerizada, ficava a cargo da Karmann-Ghia e contava com 40% de conteúdo nacional.
A Karmann mudou de mãos no final de 2012, quando o Grupo Brasil a vendeu para a ILP Industrial. Após comprar novo maquinário, a empresa está habilitada a produzir não apenas autopeças, como também automóveis terceirizados - a parceria pode ser reeditada numa operação de pequena escala. Deixando de lado a localização da planta, ainda não se sabe qual será o modelo escolhido para a produção local. Embora o Evoque seja a bola da vez, a próxima geração do Freelander será lançada em 2014 e pode ser a escolhida.
Além dos preços, o Freelander 2 tem outro argumento de venda: a versão a diesel indisponível no Evoque. O motor 2.2 de origem PSA foi mantido e continua a gerar 190 cv de potência e 42,8 kgfm de torque aos mesmos 1.750 rpm. O desempenho é bom, o zero a 100 km/h é feito em 9,5 s e a velocidade máxima encosta nos 190 km/h, de acordo com a marca. O turbodiesel sai um pouco mais caro, o S começa em R$ 159 mil, valor que sobe para R$ 171.800 no SE e chega aos R$ 181.800 no Dynamic. O top HSE 2.2 fecha a oferta da gama a R$ 199.900, valor da versão Prestige 5 portas do Evoque.
O visual do original de 2006 já havia passado por retoques na linha 2011. A reforma agora foi menor. Da “musa” Evoque vieram os faróis com fileiras em LEDs e luzes de rodagem diurnas. O mesmo esquema de iluminação é repetido agora nas lanternas para as luzes de freio (o led acende em menor tempo, o que incrementa a segurança), mas não para a luz de ré ou seta. Entre outros pequenos toques, há três novas opções de cores: Verde Antree, Azul Mauritius e Preto Havana.
Por dentro, a reforma também foi ditada pelo que foi feito no Evoque. O quadro de instrumentos foi totalmente reformado e, além de instrumentos mais elegantes com iluminação branca em leds contra a original verde, conta com tela de cinco polegadas entre o velocímetro e o conta-giros, capaz de exibir dados de funcionamento do veículo (temperatura, combustível, marcha selecionada, velocidade e modo do Terrain Response). Os ultrapassados botões estilo chiclete Adams no volante deram lugar a outros mais integrados à peça, como nos companheiros de gama.
Na reforma interna, o principal destaque é o console central. A tela superior de 7 polegadas continua lá, mas agora é sensível ao toque e reúne informações que eram exibidas pelo antigo sistema de som. Falando em som, a aparelhagem é assinada pela Meridian e tem até 17 alto-falantes na versão top HSE. De quebra, ficou mais intuitivo e tem entrada USB. Além disso, a tela também exibe visão da câmera de ré. Dentro dessa onda clean, até o botão giratório do Terrain Response rodou: o mecanismo passa a ser acionado por botões enfileirados. A impressão é que o interior ficou menos atulhado de comandos desnecessários.
A ergonomia muda pouco. O comando giratório dos faróis, que ficava à esquerda do volante, agora fica na haste do mesmo lado. O antigo freio de mão com acionamento por alavanca passou a ser eletrônico acionado por botão na mesma posição. Alguns itens são novos, como o volante com aquecimento (antes disponível apenas nos bancos). Os revestimentos em couro ganharam novas cores, também. Tudo para não fazer feio diante do companheiro fashion.
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