Quem vê o Blackmotion de fora pode até achar que se trata do Punto
T-Jet, mas fica claro para os passageiros de que se trata de uma versão
aspirada. Diversos itens estéticos foram emprestados do irmão turbinado,
como os para-choques, as máscaras negras dos faróis e as minissaias
laterais. Outros acessórios completam o visual esportivo: frisos no
capô, colunas, spoiler e espelhos retrovisores externos com acabamento
preto fosco.
No entanto, o motor continua sendo o mesmo E.torQ 1.8 16V que equipa a versão Sporting. Para a circulação em perímetros urbanos, os 130 cv do Blackmotion são suficientes. Mas, os 22 cv de potência que o T-Jet leva a mais fariam bastante diferença para uma real sensação de esportividade no hatch.
O bloco pode ser acoplado a uma transmissão manual ou a um câmbio automatizado Dualogic Plus, que encarece o modelo em R$ 2.333. Mas a dica é optar pelo câmbio manual. A troca de marchas, quando com a caixa automática, não é precisa e gera incômodos trancos. Além disso, quando o motorista realiza as mudanças muito rápidas ou em baixas rotações, um alerta de “manobra não consentida” é exibido no painel de instrumentos. Ponto positivo, no entanto, para as borboletas no volante, que contribuem para trocas de marchas mais suaves e precisas. Para quem quer maior esportividade, a versão com caixa de câmbio manual é bem mais apropriada.
O seletor de DNA é vendido como opcional e altera os modos de condução entre dinâmico (que oferece maior esportividade), normal e autonomia (que privilegia economia de combustível). Esse sistema também pode dar uma forcinha para que o carro entregue a esportividade que promete, já que, quando no modo dinâmico, as trocas de marcha são realizadas em rotações mais elevadas. Obviamente, a tocada mais agressiva impacta no consumo de combustível. Durante nossos testes, o modelo registrou consumo de, em média, 5,2 km/l com etanol em trecho urbano e com modo de condução variado. Quanto à suspensão, o Puinto Blackmotion preserva a tradicional maciez dos carros italianos, o que contribui para aumentar o conforto dos passageiros.
Interior
A primeira impressão que se tem ao entrar no Punto Blackmotion é a de que ele pertence a uma categoria superior à das demais versões do hatch. Contribuem para isso o painel completamente preto e, especialmente, o acabamento em couro dos bancos esportivos. Destaque, ainda, para o revestimento completo do teto em tom escuro, que aumenta a sensação de conforto.
De série, a versão especial é equipada com rádio MP3 com entrada USB e comando de som no volante, sensor de estacionamento, vidros elétricos, freios ABS e airbag duplo. Pode-se incluir, também, teto solar, sensor de chuva e outros opcionais.
Mercado
Com a edição Blackmotion, a Fiat pretende alavancar as vendas do Punto. O modelo iniciou o ano sendo o 14º carro mais vendido do país, registrando 4.886 emplacamentos em janeiro, segundo a Fenabrave. Já no balanço de carros vendidos em julho, o modelo havia alcançado a 23ª posição, com 3.034 emplacamentos.
Em 2009, a série esportiva foi responsável por 30% das vendas do Stilo. A montadora não divulgou uma estimativa semelhante para as vendas do Punto Blackmotion, mas espera que o hatch supere a edição anterior em número de unidades vendidas.
Por isso, como boa parte das unidades do Punto são vendidas na cor branca, a montadora optou por oferecer a versão Blackmotion em quatro tons, apesar da alusão à cor preta no nome. São elas: Preto Vesúvio, Branco Kalahari, Prata Bari e Cinza Scandium.
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