Picape indiana recebe leve reestilização e nova mecânica 2.2 diesel turbo de 120 cv. Aposta da marca é no bom custo-beneficio para uso severo
As picapes Mahindra não são sinônimo de design atraente, tampouco de potência sobrando. Mas, em se tratando de veículos voltados ao trabalho, atendem bem ao uso severo, com chassi e mecânica robustos. Montadas em Manaus (AM), as picapes de origem indiana passaram por leve reestilização dianteira – faróis e grade. E, melhor, receberam mecânica diesel renovada. O motor passa a ser um moderno 2.2 16V de 120 cv (a 4.000 rpm) – ante o 2.6 8V de 115 cv. Cerca de 90 kg mais leve, o propulsor usa turbo de geometria variável e atende ao ciclo de emissões Euro 5, com média de consumo combinado (cidade/estrada) de 13 km/litro.
Os preços são competitivos: R$ 64.900 mil para a versão chassi (cabine simples sem caçamba) e R$ 81.500 na cabine dupla. Ambas saem de série com tração 4x4 de acionamento elétrico, airbag duplo, freios ABS e direção hidráulica. Além disso, incluem requintes como ar-condicionado e acionamento elétrico de vidros e espelhos. Em setembro chegarão as versões com tração apenas traseira, por preços reduzidos em R$ 4 mil.
Pau na máquina
PiradosporCarros avaliou a nova versão cabine dupla em severo circuito off-road em Jarinu (SP). Valente, a picape supreendeu nas mais variadas rampas, encarou pedregulhos e testes de torção. Com bastante força (são 29,5 kgfm de torque entre 1.600 e 2.800 rpm), o diesel turbo é acompanhado por nova caixa manual de cinco marchas. Precisa nos engates, tem o pedal de embreagem macio por conta do acionamento hidráulico. O que não agradou foi a posição do pedal de freio, muito próxima do acelerador.
Com painel “curto”, o habitáculo oferece bom espaço. Inclusive atrás, onde os passageiros dispõem de saídas de ar e um assento confortável, com distância acima da média para acomodar as pernas. Na cabine simples, a forração em vinil mostra a vocação estritamente “trabalhadora”. Dotada de volante grande, agora com os comandos de rádio, traz instrumentação completa, que agrega conta-giros e temperatura do motor. Mas ainda há o que melhorar na parte plástica, a exemplo de rebarbas e alguns encaixes - como o da tampa do porta-luvas.
A Pik Up ganhou nova força para brigar, e agora tem garantia de 3 anos ou 100.000 km. A expectativa, segundo o diretor da Mahindra, Jean Anwandter, é de vendas mensais na casa de 100 unidades – contra 40 picapes/mês atingidos em 2012. Segundo Jean, “órgãos públicos e mineradoras têm usado e aprovado a picape. Inclusive, muitos de nossos clientes rurais migraram diretamente da Toyota Bandeirante, um veiculo rústico que deixou uma lacuna no mercado nos anos 1990”, completa.
O próximo passo da gigante indiana é voltar a trazer seu SUV, que virá com o novo motor 2.2 por cerca de R$ 86 mil, em outubro. Em 2014, o rústico jipão terá oferta de câmbio automático, feito pela SsangYong – marca corenana controlada pela Mahindra. Até o fim deste ano, a marca indiana pretende ampliar de 37 para 55 o número de revendas espalhadas pelo Brasil.
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