Marca também revela o nome e as primeiras imagens do hatch que vem brigar com o Gol
Falta pouco para um dos lançamentos mais importantes do ano chegar às lojas: de acordo com a Hyundai, o HB20
começa a ser produzido em Piracicaba (SP) no dia 20 de setembro e
estará na rede 20 dias depois. Projetado para o Brasil com a mira
apontada para o VW Gol,
o hatch estreia em três versões: 1.0, 1.6 e 1.6 automática, com preços
estimados a partir de R$ 28 mil, R$ 32 mil e R$ 39 mil, respectivamente.
Quando estiver a pleno vapor, em 2013, a fábrica do interior paulista
deverá produzir 150 mil carros/ano, contando aí também as variações sedã
e crossover que chegam ao mercado ano que vem.
O plano de lançamento prevê um canal de vendas específico para o HB20,
que deve incluir uma rede própria para distribuir o modelo, mas a marca
não revela os detalhes da operação. A garantia será de cinco anos, como
nos demais modelos da Hyundai. O pacote de conteúdos também está
definido. "Será uma gama simples, mas abrangente", diz o gerente de
produto Rodolfo Stopa. Airbags frontais serão itens de série desde a
versão mais básica, com o ABS opcional. As unidades avaliadas por Autoesporte
(inclusive a 1.0) estavam repletas de equipamentos: tinham travas,
retrovisores e vidros elétricos, CD player com entrada para iPod e
comandos no volante, direção hidráulica, ar-condicionado, faróis com
acendimento automático, sensor de estacionamento e rodas de liga. Mas na
visita à linha de montagem foi possível observar carros mais simples,
com calotas.
Como aconteceu da primeira vez que dirigimos o modelo, ainda na Coreia, os carros do test-drive estavam camuflados. Mas dessa vez a marca divulgou quatro imagens do carro final, com destaque para o formato da grade, os faróis e a lanterna traseira com o logotipo “HB20” logo abaixo. O nome foi uma mistura da nomenclatura do projeto (HB) com a numeração usada pela marca para os carros compactos, como o i20 vendido na Europa.
As medidas exatas da carroceria ainda são mantidas sob sigilo, mas o porte é muito semelhante ao do Gol. E o espaço interno é parelho ao do VW, tanto na cabine quanto no porta-malas. O acabamento, entretanto, está um nível acima do que se encontra nesta categoria: plásticos que aparentam qualidade, portas forradas com boa dose de tecido, encaixes justos, montagem caprichada. O belo painel lembra bastante o do Elantra, com destaque para o quadro de instrumentos de iluminação azulada e o sistema de som em posição elevada (a entrada para iPod fica num compartimento com tampa à frente da alavanca de câmbio). O volante de quatro raios ajusta em altura e profundidade, e pode ter os comandos do som. Já as teclas dos vidros elétricos (na porta) carecem de iluminação, e apenas a do motorista tem comando “um toque”.
Em movimento, a melhor notícia fica para a esperteza da versão 1.6 16V com duplo comando variável, que usa o mesmo motor do Kia Soul Flex, de 128 cv e 16,5 kgfm com etanol. Embora a Hyundai não confirme esses dados, o desempenho exibido na pista nos leva a crer que a potência fica muito próxima à do Soul. Não há dúvida de que o HB20 arranca na frente de Gol 1.6 (104 cv) e Palio 1.6 16V (117 cv), ajudado pelo câmbio de engates curtos e precisos. Em altas rotações, há até uma certa esportividade na tocada.
Com câmbio automático, os ânimos do valente motor 1.6 resfriam um pouco. Por conta de custos, a Hyundai usou a antiga transmissão de quatro marchas que equipava Soul e Cerato (modelos que ganharam uma caixa de seis velocidades), sem opção de mudanças manuais. Ainda assim, o desempenho é razoável e as trocas são bastante suaves, devendo agradar a quem prioriza o conforto.
Já o 1.0 inova pelo motor de três cilindros e 12V, emprestado do primo Picanto Flex. No modelo da Kia, ele rende 80 cv e 10,2 kgfm de torque com etanol, valores que deverão ser mantidos pela Hyundai. Além das respostas agradáveis (melhor que Gol e Palio “mil”), essa versão do HB20 deverá se destacar em consumo. Uma curiosidade é o ruído bem característico do motor tricilíndrico, embora as vibrações desse tipo de bloco tenham sido bem contidas pela engenharia da Hyundai.
O que também deu trabalho aos engenheiros foi o acerto de suspensão. No começo, ela foi calibrada entre a maciez do Palio e a firmeza do Gol, mas depois ficou mais próxima à do VW. O resultado é um carro mais macio que os demais Hyundais, para absorver a buraqueira do piso brasileiro. Isso, porém, sem sacrificar a estabilidade. A rolagem da carroceria é contida, e o hatch se mostra fácil de controlar no limite. A direção hidráulica é leve nas manobras e não compromete em altas velocidades. Apenas os freios é que poderiam ser menos sensíveis.
Diante do que vimos em Piracicaba, Gol e Palio vão ganhar em breve um concorrente de peso. Se a Hyundai acertar no preço e nos pacotes de equipamentos, o sucesso da operação brasileira parece questão de tempo.
Para seu novo hatch de entrada, marca aposta em visual arrojado que faz sucesso nos modelos mais caros
Como aconteceu da primeira vez que dirigimos o modelo, ainda na Coreia, os carros do test-drive estavam camuflados. Mas dessa vez a marca divulgou quatro imagens do carro final, com destaque para o formato da grade, os faróis e a lanterna traseira com o logotipo “HB20” logo abaixo. O nome foi uma mistura da nomenclatura do projeto (HB) com a numeração usada pela marca para os carros compactos, como o i20 vendido na Europa.
As medidas exatas da carroceria ainda são mantidas sob sigilo, mas o porte é muito semelhante ao do Gol. E o espaço interno é parelho ao do VW, tanto na cabine quanto no porta-malas. O acabamento, entretanto, está um nível acima do que se encontra nesta categoria: plásticos que aparentam qualidade, portas forradas com boa dose de tecido, encaixes justos, montagem caprichada. O belo painel lembra bastante o do Elantra, com destaque para o quadro de instrumentos de iluminação azulada e o sistema de som em posição elevada (a entrada para iPod fica num compartimento com tampa à frente da alavanca de câmbio). O volante de quatro raios ajusta em altura e profundidade, e pode ter os comandos do som. Já as teclas dos vidros elétricos (na porta) carecem de iluminação, e apenas a do motorista tem comando “um toque”.
Em movimento, a melhor notícia fica para a esperteza da versão 1.6 16V com duplo comando variável, que usa o mesmo motor do Kia Soul Flex, de 128 cv e 16,5 kgfm com etanol. Embora a Hyundai não confirme esses dados, o desempenho exibido na pista nos leva a crer que a potência fica muito próxima à do Soul. Não há dúvida de que o HB20 arranca na frente de Gol 1.6 (104 cv) e Palio 1.6 16V (117 cv), ajudado pelo câmbio de engates curtos e precisos. Em altas rotações, há até uma certa esportividade na tocada.
Com câmbio automático, os ânimos do valente motor 1.6 resfriam um pouco. Por conta de custos, a Hyundai usou a antiga transmissão de quatro marchas que equipava Soul e Cerato (modelos que ganharam uma caixa de seis velocidades), sem opção de mudanças manuais. Ainda assim, o desempenho é razoável e as trocas são bastante suaves, devendo agradar a quem prioriza o conforto.
Já o 1.0 inova pelo motor de três cilindros e 12V, emprestado do primo Picanto Flex. No modelo da Kia, ele rende 80 cv e 10,2 kgfm de torque com etanol, valores que deverão ser mantidos pela Hyundai. Além das respostas agradáveis (melhor que Gol e Palio “mil”), essa versão do HB20 deverá se destacar em consumo. Uma curiosidade é o ruído bem característico do motor tricilíndrico, embora as vibrações desse tipo de bloco tenham sido bem contidas pela engenharia da Hyundai.
O que também deu trabalho aos engenheiros foi o acerto de suspensão. No começo, ela foi calibrada entre a maciez do Palio e a firmeza do Gol, mas depois ficou mais próxima à do VW. O resultado é um carro mais macio que os demais Hyundais, para absorver a buraqueira do piso brasileiro. Isso, porém, sem sacrificar a estabilidade. A rolagem da carroceria é contida, e o hatch se mostra fácil de controlar no limite. A direção hidráulica é leve nas manobras e não compromete em altas velocidades. Apenas os freios é que poderiam ser menos sensíveis.
Diante do que vimos em Piracicaba, Gol e Palio vão ganhar em breve um concorrente de peso. Se a Hyundai acertar no preço e nos pacotes de equipamentos, o sucesso da operação brasileira parece questão de tempo.
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