Apesar da pressão das montadoras, ministro Guido Mantega diz que a medida só perdurará até agosto
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta terça-feira (31) que não há a possibilidade de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis. A despeito da pressão do setor para a manutenção da medida após o prazo combinado, final de agosto, Mantega afirmou que os veículos 1.0 voltarão a ser taxados normalmente após o dia 31, segundo a Agência Brasil.Vigente desde o fim de maio, a redução do imposto para carros foi negociada em troca da garantia de não romper contrato de funcionários nas montadoras. No entanto, na semana passada, a General Motors comunicou o plano de demissão para a fábrica de São José dos Campos (SP). Em resposta, trabalhadores da GM passaram a iniciar o expediente com uma hora de atraso, a partir de hoje. Mesmo diante desse embate, Mantega manteve-se irredutível na decisão. De acordo com ele, a montadora obedeceu ao acordo em junho. “O que nos interessa é que a GM tenha saldo positivo e esteja contratando, e isso está sendo cumprido", disse. O ministro também informou que o comportamento foi o mesmo no restante do setor automobilístico: no total, foram 1,9 mil funcionários efetivados em junho.
O diretor de assuntos institucionais da GM e vice-presidente da ANFAVEA, Luiz Moan, informou que a expectativa é de que o saldo de contratações chegue a 2.163 até o fim de 2012. Para apaziguar a situação em São José dos Campos, a direção marcou uma reunião com os metalúrgicos para o próximo sábado (4).
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