Crise na Europa provoca queda de 3,3% nas vendas da Renault

Desempenho é ruim em relação ao 1º semestre de 2011; mercados fora do continente não compensam

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A crise econômica europeia afetou bastante o volume de vendas da segunda maior montadora automobilística da França. A Renault comercializou 1,33 milhão de unidades no primeiro semestre de 2012, o que representa queda de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Nem mesmo o desempenho nos mercados fora da Europa compensou o tombo da Renault no continente.


O faturamento do grupo francês foi de 20,935 bilhões de euros – queda de 0,8% quando comparado ao primeiro semestre de 2011. A margem operacional da Renault foi de 482 milhões de euros (2,3% do faturamento), contra 630 milhões de euros (3,0 % do faturamento) no primeiro semestre de 2011.

A divisão automobilística teve margem operacional positiva, de 87 milhões de euros, o equivalente a 0,4% do faturamento. Também representou diminuição em relação ao mesmo período em 2011, quando o índice foi de 134 milhões de euros. De acordo com a marca, a queda dos volumes (-176 milhões de euros) e o aumento dos custos por causa da evolução dos produtos da Renault (-211 milhões de euros) foram alguns dos fatores que contribuíram para a subtração. Uma boa notícia foi em relação às contribuições das subsidiárias Nissan, AB Volvo e Avto VAZ, principais empresas associadas, que atingiram 630 milhões de euros.

O resultado líquido foi de 786 milhões de euros e o fluxo de caixa livre operacional da divisão automobilística chegou a 200 milhões de euros negativos. O endividamento financeiro também é preocupante: o valor líquido aumentou 519 milhões de euros em relação a 31 de dezembro de 2011, alcançando 818 milhões de euros em 30 de junho deste ano. Já prevendo tal aumento de dívidas, em janeiro de 2012, a Renault fez um empréstimo de quase 1 bilhão de euros a médio prazo, para refinanciar os pagamentos de 2012. Também buscou assegurar a participação nos mercados da Europa e do Japão.

Se a Europa não reagir de forma mais brusca que a esperada, a Renault crê que o lançamento de produtos como o Duster, no segundo semestre de 2012, recuperem os números e apontem para um crescimento de vendas maior que o de 2011. Será?

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