Dois anos depois do lançamento, o Peugeot RCZ ganha sua primeira reestilização que, a R$ 132.990, é o carro mais caro da montadora no Brasil. A cifra pode assustar quem olhar sob o capô para encontrar o mesmo motor 1.6 THP dos modelos 308, 408 e 508, mas as qualidades deste esportivo vão além do desempenho. O visual futurista (e bastante chamativo) não mudou, é verdade. Mas, felizmente, a extrema semelhança com os irmãos mais populares ficou um pouco mais distante.
Os primeiros quinze minutos a bordo do Peugeot RCZ são uma experiência nova para qualquer passageiro. As linhas arredondadas, os arcos em alumínio nas laterais e o tradicional vinco no teto e no vidro traseiro contribuem para que este seja, provavelmente, o carro mais chamativo de toda a rua. E se ainda assim você quiser garantir sua popularidade, a pintura Vermelho Erythrée fará o serviço. O cupê também é vendido nas cores Preto Perla Nera e Branco Nacré, a única opção perolizada.
A reestilização do RCZ foi pequena e sutil, mas suficiente para melhorar seu visual. O maior destaque fica para a nova grade frontal bipartida. Com visual mais moderno, passou a incorporar as novas luzes diurnas de LED nas extremidades. O conjunto óptico parece mais afinado e conta com máscaras negras ao redor dos faróis de xenônio direcionais. Por fim, o RCZ leva o emblema da montadora diretamente na carroceria, sem o antigo recorte no capô. No mais, o cupê mantém as mesmas vistas pela primeira vez na sua versão conceito, ainda em 2007.
O motor 1.6 THP de 165 cv - desenvolvido em parceria com a BMW - tem seu trunfo na entrega de torque em baixas rotações. Em 1.400 rpm já podem ser sentidos os 24,5 kgfm máximos. Também contribui o excelente câmbio automático seqüencial de seis velocidades, que proporciona trocas suaves e precisas.
O conjunto é responsável por levar o cupê a 100 km/h em 8,4 segundos. Assim que o RCZ chega a 85 km/h, o aerofólio traseiro é aberto automaticamente a 19º para auxiliar na estabilidade. Quando os 155 km/h são ultrapassados, o sistema atinge a abertura máxima (34º) e é recolhido aos 142 km/h. Ainda assim, o cupê consegue alcançar a velocidade máxima de 213 km/h.
Se preferir, o motorista pode acionar o aerofólio eletrônico através de um botão posicionado no console central, próximo ao câmbio. Ainda para aumentar a segurança em altas velocidades, o RCZ é equipado com freios ABS com auxílio para frenagens de emergência e repartidor eletrônico de frenagem, controle de tração e de estabilidade, além de quatro airbags.
Conforto
Mesmo com o visual moderno, o RCZ mantém a tradicional posição baixa de dirigir um cupê. O trabalho das suspensões transmite todas as imperfeições do asfalto para dentro da cabine, mas faz um bom trabalho de suavizar o encontro com buracos maiores.
Todo o revestimento, dos bancos ao painel, é feito em couro com costuras aparentes. Os ocupantes ficam firmes nos assentos esportivos, que contam com ajustes elétricos com memória e sistema de aquecimento. Para os passageiros que se aventuram a viajar nos bancos de trás, o conforto não é (nem de longe) o mesmo. Apesar de o RCZ contar com dois assentos traseiros, o espaço não comporta confortavelmente nem pessoas com menos de 1,70 metro de altura. O espaço pode ser melhor utilizado para complementar o pouco espaço do porta-malas: quando os bancos traseiros são rebatidos, a capacidade de carga salta dos 321 litros para 639 litros.
O RCZ promete agradar quem busca um cupê de personalidade própria e diferente de todos os outros que andam pelas ruas. Além do mais, consegue ser mais acessível que os concorrentes. O Audi TT é o modelo com visual mais parecido, mas - equipado com motor de 211 cv - não sai por menos de R$ 204.500. Valor parecido é cobrado pelo BMW Z4, que leva um bloco um pouco menos potente, com 184 cv.
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