Discovery 4 e Range Sport estreiam câmbio de oito marchas



A Land Rover apresentou nesta quarta-feira (16), em São Paulo, as novas versões de Discovery 4 e Range Rover Sport equipadas com o sofisticado câmbio automático de oito marchas, fornecido pela alemã ZF. A transmissão multimarcha substituí a antiga caixa de seis velocidades (também ZF) que equipava os utilitários britânicos. Para instalar o novo câmbio, a Land Rover mexeu no motor 3.0 V6 diesel biturbo. Após ajustes, a potência máxima subiu de 245 cv a 256 cv. Já o torque permaneceu em robustos 61 kgfm a 2.000 rpm. 




Sem dar números, a fábrica inglesa ressaltou que o novo câmbio de oito marchas deixou Discovery 4 e Range Rover Sport mais econômicos e menos poluentes. O nível de conforto nos jipes de luxo também aumentou, já que o maior número de relações da caixa automática permite ao motor trabalhar sempre em regimes de giro menores. De quebra, a montadora ressaltou que ambos os modelos já atendem às exigências do Proconve L6, próxima fase do Programa Brasileiro de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores.
Modelos ganham seletor giratório

Com a troca da transmissão, outra novidade no 
Discovery 4 e no Range Rover Sport é o moderno seletor giratório de marchas (Rotary Shift), já presente nos Range Rover Evoque e Vogue – e nos carros da Jaguar. O botão giratório que emerge assim que é dada a partida no motor, feita por meio de botão no console, próximo ao volante. A operação é muito simples: basta girar o botão e escolher entre "P" (Parking), "R" (marcha à ré), "N" (Neutral), "D" (Drive) e "S" (Sport). Nos dois modelos, o comando é envolvido por uma moldura metálica.

Sem a antiga alavanca, as trocas manuais de marcha passam a ser feitas por borboletas no volante – o que, convenhamos, é mais interessante. Já os comandos do sistema 
Terrain Response (com cinco programas off-road) agora são acionados botões, para não conflitar com o seletor giratório do câmbio. Atrás, a principal novidade é o sistema de entretenimento independente, com DVD e mesa para plugar eletrônicos. As telas de oito polegadas embutidas nos encostos de cabeça são sensíveis ao toque e há fones de ouvido sem fio. 




Em movimento, silêncio e baixa vibração

Logo após a apresentação dos modelos, a Land Rover realizou um teste drive partindo da Zona Sul de São Paulo até o Haras Larissa, na Cidade de Monte Mor, no interior paulista. Foram cerca de 250 km percorridos entre ida e volta, passando por trechos sinuosos na região de Vinhedo. Na primeira "perna", escolhemos o Range Rover Sport, que – apesar da alma lameira – tem apelo mais urbano e esportivo (como o próprio nome diz). E acompanhamos o desempenho da novíssima transmissão automática de oito marchas. 

Em movimento, impressionou a velocidade das trocas de marcha e o regime de giros. No modo Drive (D), o motor 3.0 V6 biturbo de 256 cv trabalhou suave, mantendo entre 1.800 e 2.500 rotações por minuto. A 120 km/h constantes, o bloco trabalha abaixo dos 2.000 giros, faixa em que o bloco despeja por inteiro seus 61 kgfm de torque. No trecho de ida, monitoramos o computador de bordo, que marcava 6,4 litros de diesel por 100 km, o que dá 15,6 km/l na conversão – marca respeitável para um utilitário com mais de duas toneladas. 


Nos trechos sinuosos e nas ladeiras mais íngremes, o câmbio também se mostrou bem acertado, com trocas ligeiras e eficientes – a Land Rover diz que as trocas de relação levam apenas 0,2 segundos. Além disso, a transmissão salta até seis marchas (para frente ou para trás) sem que o motorista precise fazer as trocas manualmente. Essa dinâmica foi notável nas retomadas, fazendo com que os modelos ganhassem velocidade mais rápido, para facilitar ultrapassagens. E no modo Sport (S), as relações do câmbio são "esticadas".Alto luxo na lama

A nova caixa automática multimarchas também impactou no nível de conforto a bordo. O motor 3.0 V6 biturbo já impressionava antes, com baixos níveis de ruído e vibrações. Mas agora, essa suavidade – incomum para um propulsor diesel – está sensivelmente maior. Na prática, o silêncio ao volante só é quebrado pelo poderoso sistema de som, que pode ter até 17 alto-falantes nas versões tops. Com eles, a potência chega a 825 Watts de alta fidelidade. O sistema ainda tem duas entradas USB, uma auxiliar e um HD para dez CDs. 

Em termos de eletrônica embarcada, os dois utilitários não receberam novidades, e nem precisavam. TantoDiscovery 4 quanto Range Rover Sport dispõem de um arsenal de sistemas voltados ao conforto e, principalmente, ao desempenho fora-de-estrada. Entre ABS, controles de estabilidade e tração, os modelos trazem assistente de auxílio em subidas e descidas, suspensão pneumática a ar com ajustes de altura, além do Terrain Response, que oferece cinco programas off-road (asfalto, terra/lama, areia, neve e pedra).

Por dentro, o que mais chama a atenção nos modelos é o alto nível do acabamento. O 
Range Rover Sport tem até detalhes em madeira nobre no console e nas portas. Em ambos há farto revestimento em couro, além de peças emborrachadas – até os plásticos rígidos têm textura agradável. Na Inglaterra, Discovery 4 e Range Rover Sport ganharam o câmbio automático de oito marchas em julho de 2011. No Brasil, as novidades ainda não têm preços definidos. Mas com o mercado de importados em queda, chegam em boa hora.


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